Sim, ninguém nasceu sabendo cozinhar.
Existem muitas histórias romantizadas desse amor natural pelo cozinhar.
Vou dizer que comigo foi bem diferente.
Quando pequena tive uma experiência completamente negativa na cozinha, onde levei um monte de broncas por tentar fazer o que não sabia.
Cresci bem longe da cozinha e alimentei meu filho com papinhas industrializadas.
Nunca arrumei tempo para cozinhar e sempre arrumei desculpas para não o fazer.
Porém quando precisei olhar para minha alimentação tive que enfrentar a tal cozinha e seus monstros.
Por mais que tentasse pesquisar e ler receitas parece que não as compreendia, pois nem tudo dava certo.
A cozinha se fazia bagunçada, eu aflita, as panelas ardiam no fogo e a comida saia com sabor de não quero nem provar.
Uma frustração tamanha crescia e me fazia querer desistir.
Meditando muito descobri o que de fato acontecia.
Minha briga não era com as panelas, mas sim comigo mesma e minha exigência por perfeição.
Respirei fundo e continuei.
Aos poucos deixei de lado minha parte crítica, me permitindo ousar e desfrutar daquele momento.
Sem perceber passei a apreciar o aroma das ervas e especiarias, a diversidade dos ingredientes, as diferentes possibilidades de preparo, a curiosidade,…
Somente então passei a saborear o processo de preparo e o alimento.
Foi assim que me apaixonei pelo cozinhar, seguindo o conselho de Julia Child, mesmo antes de conhecê-lo.
“Aprenda a cozinhar, experimente novas receitas, aprenda com seus erros, não tenha medo, e acima de tudo, DIVIRTA-SE!”
Foi assim que comecei a me apaixonar por mim!
Vamos cozinhar?