Muita gente já têm a consciência dos benefícios que a ingestão de verduras e legumes promove, mas tem dificuldade de fazer das saladas um hábito diário. Investigando a mesa de várias clientes descobri que a salada era de tomate com pepino, ou alface com tomate, ou cenoura ralada com tomate, ou alface e pepino, ou cenoura e alface, às vezes, algumas rodelas de cebola. O tempero ficava por conta do azeite, sal e vinagre, ou o limão tomava o lugar do vinagre.

Assim realmente fica difícil fazer da salada um hábito diário, pois a mesmice enjoa, levando embora o encantamento pelo gosto que apetece. Sei que muita gente pensa preferir comer sempre os mesmos pratos conhecidos, mas na verdade a tal acomodação que pede pela mesma refeição esconde o medo do novo, do surpreendente.

Quando estamos apegadas ao medo que nos impede de encontrar novos caminhos, seja na alimentação ou na vida, alimentamos o vazio no peito que rouba a graça das descobertas que a vida oferece.

O vazio cresce e por vezes nos percebemos tristes, sem saber de onde vêm o tal desconforto, nesses momentos acabamos por recorrer principalmente aos doces. Querendo aliviar a dor desconhecida comemos uma, duas, quatro barras de chocolate, mas a dor não some. Mastigando distraídas pelo açúcar, brigamos com o marcador da balança que insiste em aumentar, nos contorcemos com as cólicas abdominais e rezamos para os níveis de glicose deixarem de subir.

As desculpas para variar a alimentação chegam sem parar: “Tenho pouco tempo, melhor não inventar.”, “Não tenho ideia do que preparar, melhor fazer o de sempre.”, “Já sei do que gosto, porque me arriscar?” Sem perceber apagamos a chama do poder criativo e nos vemos incapazes de fazer algo novo, nutrimos o medo de ousar e errar, minando a autoconfiança.

Meu convite é para você fazer diferente, se permitindo provar novos sabores e combinações em suas saladas, algo fácil que você pode preparar na cozinha da sua casa. Esse simples movimento de abertura expande seu nível de satisfação, pois com cada nova salada estará alimentando sua criatividade, e através de suas criações culinárias sentirá expandir sua autoconfiança a tal ponto, que diante das combinações insossas se verá capaz de fazer alterações para deixá-las incríveis.

Siga as dicas da Alimentação Integrativa para começar:

• Na hora de escolher os ingredientes confie no seu poder intuitivo, selecionando folhas e temperos.

• Abra a geladeira e o armário de temperos, e se permita experimentar uma nova composição, seja na salada ou no molho.

• Expanda o seu conhecimento, aprendendo técnicas básicas de cozinha.

• Pergunte-se: “Vou usar o ingrediente X cru, cozido, assado, branqueado ou salteado?”, “Vou fatiar em rodelas, cortar em cubos, ou simplesmente ralar?”, “Se eu misturar X com Y, vai ficar gostoso?”, “Vai algum grão na minha salada?”

• Confie nas informações acessadas.

• Converse com os ingredientes selecionados, convidando-os a se apresentarem.

• Observe suas cores, deixando que a guiem na composição da sua salada, agradando o olhar.

• Preste atenção nos cheiros, criando harmonia.

• Fique atenta aos gostos, surpreendendo o paladar.

• Vá além do “Acho que está bom.”, provando e fazendo os ajustes, alcançando o “Uau, ficou incrível!”, a satisfação plena.

• Aprecie por inteiro, do preparo ao degustar.

A Alimentação Integrativa zela pelo despertar e integração da consciência alimentar, oferecendo recursos para que você adquira autonomia na cozinha, tornando esse processo altamente saboroso.

A cozinha te chama, crie a sua salada!

Agende um atendimento com Alimentação Integrativa e faça da sua alimentação uma aliada para o seu bem-estar.

A salada que nasceu aqui em casa apeteceu o olhar e fez de cada garfada única, pois o sabor que preenchia a boca nunca era o mesmo. Ora picante, ora adocicado, ora com nuances amargas. Sempre um momento de surpresa, observação, consciência. Comer se fez um ritual de apreciação, onde os sabores se revelavam pouco a pouco e a satisfação contemplava o Ser.